Olá. Este blog ambiciona: - divulgar excertos dos meus romances - recolher a opinião das leitoras sobre a minha escrita - ser um espaço de partilha dos romances que vamos lendo - divulgar outras escritas - ...
sábado, 27 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Quando colocamos AMOR naquilo que fazemos e nos rodeamos de quem nos AMA, a magia acontece!
13 de fevereiro - apresentação "O Monte das Tílias" Casa do Alentejo
“Faz de conta que sou Deus”
A escrita é
uma caminhada dolorosamente excitante cujo longo período de aceitação é muitas
vezes confundido com algum tipo de demência que faz ver vidas onde elas não
existem, num trabalhar contínuo da imaginação que frequentemente desprende o
escritor da realidade que o rodeia e exige a sua participação. Dolorosos também
os isolamentos a que tem de se submeter para que as ideias possam vaguear à
vontade ou mesmo confrontarem-se umas com as outras em duelos sugadores de
energia.
Quem escreve
romances é um apaixonado pela vida e suas relações. Mas é um AMOR tal que não
se satisfaz unicamente com vida real. Esse amor é voraz de sentimentos. Um
escritor não consegue satisfazer a sua paixão com os fatos do que acontece aqui
e agora. Quer sempre mais. É um ser real, aprisionado num corpo físico cuja
imaginação funciona como um mecanismo autónomo e persistente alimentado de toda
a informação que os sentidos recolhem da realidade.
Perante a
frustração constante de que a vida vivida não lhe satisfaz na plenitude, que o
espaço o aprisiona de forma asfixiante e quase mortal a solução é encontrar uma
linha que mantenha o equilíbrio entre a realidade e as vidas que a imaginação
gera numa teimosia tal que podem conduzir ao alheamento total, felizmente
temporário, da realidade. Essa linha é a escrita.
Quando este
ser que se encontra em conflito constante com a sua imaginação se apercebe da
riqueza desta, torna-se um escritor, um construtor de vida. Aceita ser um Deus.
A aceitação
desta dupla realidade traz consigo a paz, a felicidade e a sabedoria de brincar
com os próprios sentimentos e com o dos outros. Porque um escritor de romances
é também um observador de vidas. Quando isso finalmente acontece é como se o
escritor tivesse descoberto o botão que faz girar o mundo real e o da ficção.
Muitas são as
fontes de inspiração. Podem ser imagens que apaixonam. Locais onde nascem
personagens. A letra de uma canção que o faz imaginar um momento em particular
para que ela possa ser verdadeiramente desfrutada. Pode ser um aroma, uma cor,
um sabor, um cheiro e um toque que provocam no escritor, nas personagens e nos
leitores as mesmíssimas emoções.
No fim do
processo o escritor é um Deus criador para quem muitas vezes a vida gerada na
sua imaginação se torna real a partir do momento em que passa a estar escrita.
Um escritor
ama e odeia as suas personagens. Com elas se apaixona, sofre, emociona entrega,
chora, grita e combina que sentimentos provocar ao leitor, numa conspiração
quase verdadeira. As personagens tornam-se tão reais que o escritor passa a
vê-las nos locais onde as colocou.
Lúcia
Gonçalves
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
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