Quando a
ilusão da felicidade plena nos inquieta.
Quando o
espaço em que vivemos nos asfixia.
Quando as
relações nos aprisionam a sentimentos já gastos.
É porque a
realidade em que agora vivemos
foi por nós
cobardemente inventada.
Nesses
momentos somos seres carentes de afeto,
frágeis
presas a simples gestos de conquista.
Secretamente,
nossos corações sangram,
por uma
culpa que os atormenta pelos desgostos causados.
Quando o
peso da mudança nos traz de volta a lucidez,
perante o
vislumbre de que a ilusão se possa tornar realidade.
Então,
ponderamos nas consequências dolorosas de nossos atos
e decidimos,
numa aparente serenidade, iludir-nos mais uma vez.
Lúcia
Gonçalves, abril de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário