Paisagens IV

“Realidade versus Ilusão”
Que os vossos olhos não vos iludam!
com a aparente realidade que é revelada.
Reparai!

Que para lá da transparência da quietude.
estende-se a sensualidade do corpo de Beatriz 
que jaze depois da batalha travada.
Das chamas que separam o céu do inferno de Dante
vislumbra-se a esperança renovada.
Mas reparai!
Nas figuras dantescas dissimuladas
que caminham insaciadas
profanando o paraíso desejado.
(Texto:Lúcia Gonçalves dezembro de 2015)
(Foto: Augusto Fernandes)


"O homem e a mulher"
O rosa e o azul.
A cumplicidade da união
O aconchego do abraço ansiado.
Onde o princípio é o fim.
Onde a realidade é a crença
ou o reflexo é a revelação.
Onde tudo acaba quando começa.
A alvorada que desperta
o pulsar da paixão
Ou o entardecer
que anuncia a despedida
O Uno da criação
Ou preludio da separação.
O que fica então?

(Texto:Lúcia Gonçalves dezembro de 2015)
(Foto: Augusto Fernandes)


“Alentejo e Alentejanos”
O verde do pasto rente ao solo
que nos enche de esperança.
A orgulhosa solidão do sobreiro
que nos mantém arfada a alma.
O trotear alegre da natureza
que enche de alegria a gente.
A imensidão de céu
que nos faz sonhar mais além.
Alentejo:
Polifonia multicolor de aromas
De gentes a quem a terra gretou a mãos.
Que canta arrastado.
Mas que dança de mãos erguidas.
(Texto:Lúcia Gonçalves dezembro de 2015)


(Foto: Augusto Fernandes)

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